Think Pong 2008 - 2008, um ano hipotecado?
0 opinioesquarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Muito mais simpático foi a constatação de que, um século depois de um senhor negro, Booker Taliaferro Washington, ter entrado na Casa Branca como convidado de Franklin Roosevelt, o mundo (em depressão) começou a olhar com redobrada confiança para outro negro americano: Barak Obama. Eleito presidente dos Estados Unidos, Obama já não é (só) um ícone, uma referência enorme. O mundo segui-lo-á com redobrada atenção. E desejos de uma nova vivência.
Pelo meio, mesmo a meio do ano, a Irlanda disse que não quer o modelo europeu de constituição. Voltarão os irlandeses às urnas, não vá a Europa ficar à deriva! E, numa altura de crise e falta de ordem, isso seria o caos no descontrolo geral.
“Ano de nevão é ano de pão”? – Até poderia ser uma das marcas do ano por cá. Mas não é. Mesmo que as ameaças tenham sido muitas. E a necessidade de desligar muitas coisas fosse real. Por exemplo, logo em fevereiro, o PSD tornou-se no primeiro partido português a ser condenado por um financiamento ilegal. É o mesmo partido cujo líder parlamentar, na altura Santana Lopes, se recusou aceitar o “acompanhamento, apoio e aconselhamento” à sua bancada por uma agência de comunicação. Santana bateu o pé e disse que os seus deputados sabiam o que faziam.
Mas o partido laranja deu-se (mesmo) muito mal com o ano. A eleição, em Guimarães, de Manuela Ferreira Leite foi apenas um episódio no meio dos episódios com sabor a laranja amarga. Em abril, depois de Menezes ter batido com a porta, tudo mudou. E Manuela Leite, afinal, não uniu nada. Para quem havia feito da palavra “credibilidade” o mote da candidatura é muito pouco. Basta olhar para esta frase: “o PSD perdeu a credibilidade que sempre o acompanhou. Hoje ninguém nos ouve. Candidato-me para mudar este estado de coisas”.
Nas promessas por cumprir a ministra da Educação também não ficou bem no retrato. Maria de Lurdes Rodrigues, que sofreu ataques de todos os lados – aquilo foi um conflito que se foi extremando a cada novo passo dos senhores que mandam nos professores! – foi o flanco mais impopular do governo de Sócrates. Mas foi sempre igual até ao fim: “garanto que a avaliação vai avançar este ano”. E a ministra chegou até ao fim. Do ano. Ao contrário de Isabel Pires de Lima ou Correia de Campos – que cedeu o seu lugar a Ana Jorge, uma apoiante incondicional de Manuel Alegre nas últimas presidenciais. Uma cedência à esquerda de José Sócrates? Uma vitória pela esquerda de Manuel Alegre seguramente.
Mas o ano correu bem – Cá pela terra, sim. A Manta, por exemplo. Em Vila Flor, em julho. Uma aposta musical ganha em todos os sentidos. E as cinzas no claustro (o sermão de quarta-feira de cinza, de António Vieira) que Luís Miguel Cintra tão bem protagonizou no museu de Alberto Sampaio? E a “Tragédia: uma tragédia”? E “o silenciador” ou as “memórias de um comboio a vapor”? Ou o “Amor”? O Teatro Oficina teve um ano em grande. Junte-se-lhe os festivais de Gil Vicente e, por exemplo, “as lembranças de Madalena Victorino”. Foi um ensaio geral fabuloso para um ano que promete ser pleno de teatro.
Alguém se recordará da iniciativa “porque é que o jazz parece tão complicado?”? de um barzinho, ali mesmo à mão de semear, em S. Martinho de Sande, com o nome da estrada ali passa ligando Guimarães e Braga, onde pára o Movimento Artístico das Taipas (MAT). Em parceria com o Jazz Ao Minho. E o resultado foi excelente. E daquele lado do concelho veio outra grande novidade. Também pela mão do MAT. Desta vez em parceria com a junta de freguesia de Barco: o Barco Fest. Por ali passaram Mundo Cão, peixe:avião, Vicious Five e Linda Martini, entre outros. Que ano!
Casimiro Silva
Think Pong 2008 - O ano em Revista
0 opinioesquarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Ao nível regional, no Minho, o ano de 2008, afirmou acção concertada dos seus principais agentes políticos. O quadrilátero urbano, nas suas diversas dimensões, particularmente na dimensão cultural, é a expressão clara de que o poder político percebeu que o Distrito de Braga só poderá ser competitivo relativamente a outras regiões, não só de Portugal, mas também Europeias, se estiver unido. No mesmo sentido os Quadriláteros demonstram que estes procedimentos de cooperação, louváveis, são, todavia, insuficientes para que se cumpra verdadeiras políticas regionais, já que estão dependentes das vontades individuais, avulsas dos seus representantes e não directamente da lei.
Ao nível local, o facto que destaco é o arrojado projecto Guimarães Capital Europeia da Cultura. Por um lado é mais um pilar que sedimenta a estratégia de diversificação do turismo, até agora, assente no património histórico. Apesar de ser Capital Europeia da Cultura, e de relevar o aspecto de natureza imaterial que Cultura representa, esta iniciativa que Guimarães acolherá, não é substancilamente diferente do trabalho que tem a vindo a ser feito, já que propõe revolucionar a cidade “extra”- muros, a semelhança do que foi feito “intra”-muros, mas num espaço de tempo que diria recorde. A recuperação do Centro Histórico foi feito em cerca de 20 anos, ao passo que a proposta da Câmara Municipal de Guimarães passa por recuperar a segunda malha histórica da cidade em pouco menos que 4 anos.
Bom ano de 2009!
Luis Soares
Think Pong 2008 - A noroeste nada de novo
0 opinioesterça-feira, 30 de dezembro de 2008
Asfixiados por uma crise sem precedentes, continuam a cobrar-nos as portagens que se desculpam nas grandes áreas metropolitanas e no Algarve; continuam a esquecer-se de nos pagar a justa subvenção pelos transportes públicos urbanos; e continuam a desviar os fundos do Turismo do Norte para o Porto e o Douro.
Enquanto isso, os nossos políticos-de-trazer-por-casa brindam-nos com referendos bairristas, desperdiçando o potencial reivindicativo que ainda resta junto do poder central. Dividir para reinar é a estratégia dos centralistas que, na ausência de uma política integrada de desenvolvimento regional, vão emprestando, esmola aqui e esmola acolá, um triste contentamento de efémeras ilusões alimentado.
O avanço do Quadrilátero Urbano é um facto extremamente positivo, mas ainda insuficiente para projectar a região numa perspectiva verdadeiramente integrada. Seja como for, parecem estar lançados os alicerces para, com excepção da auto-excluída cidade de Viana, se chegar a um entendimento alargado sobre o futuro do Noroeste português.
2008 foi também o ano em que os vimaranenses se livraram dos desnecessários túneis e parques subterrâneos do Toural ao mesmo tempo que os bracarenses reforçaram a sua dose de betão num processo marcado pelas inúmeras interrogações e inquietações quanto à preservação do património arqueológico da Bracara Augusta. A arqueologia voltou a estar no centro da discussão pública, mas foram demasiados os protagonistas que, por omissão ou deformação, não souberam estar à altura do debate.
Mas tudo está bem quando acaba bem e, como se sabe, 2009 será um ano de várias eleições e muitas inaugurações. A política descerá às catacumbas da mediania e as cidades encher-se-ão de propaganda com exageradas auto-exaltações. Todo o circo será pago pelo contribuinte que assiste impotente ao esbanjar dos dinheiros públicos, enquanto as promessas convenientemente incumpridas são atiradas para as calendas gregas.
No Minho, como no país, estamos quase na mesma, mas um pouco mais pobres.
Pedro Morgado
Think Pong 2008 - Crónica de um Ano atipico
0 opinioesterça-feira, 30 de dezembro de 2008
Em primeiro lugar, a crise económica, depois financeira, depois económica e financeira. Contra as previsões mais optimistas para o crescimento da economia, a verdade é que o carácter marcadamente global desta crise parece ter abalado as fundições do sistema vigente desde a II Guerra Mundial. Caiu a máscara à ordem económica do pós-guerra. Muitos advogam não a morte do capitalismo, mas uma mais do que urgente reformulação deste. A palavra mais ouvida, a que faz qualquer adepto do liberalismo económico coçar-se, foi a mais ouvida em 2008 – a par, claro está, de “estagnação”, “recessão” ou “crise”: regulação. Regular os mercados, as instituições financeiras de crédito; regular o mercado habitacional, regular as trocas de capitais, regular as práticas obscuras de muitos gestores; regular e tornar mais transparente e credível o sistema financeiro, incentivar à poupança; e, acima de tudo, punir os responsáveis por danos irrecuperáveis causados a quem confia o seu dinheiro aos bancos. Para os que auguravam a morte do estado enquanto poder regulador, esta crise veio trocar completamente as voltas. Ao estado foi-lhe implorada a sua intervenção sob a forma de muitos zeros – vejamos se agora esse mesmo estado está em condições de se fazer pagar com a imposição de mais e melhores regras e, mais visível aos olhos do cidadão, com justiça.
Aproveitando o embalo de ideias como “estado” e “regulação”, destaque e honra seja feita à eleição do 44º Presidente dos EUA. Barack Obama, após uma transição que se afigura impecável, vai assumir as rédeas do (ainda) estado mais poderoso do mundo. Os EUA deixaram cair uma máscara que escondia a sua genuína identidade como povo democrático e tolerante. Do país que fez catapultar a crise económica, resta saber se vem também o antídoto. Obama inspira confiança, teve um discurso atractivo e eloquente durante a campanha mas será o motor da mudança necessária? Se os EUA não se assumirem como líderes de uma mudança anunciada, a sua posição no mundo estará definitivamente ameaçada. Não parece restar outro caminho ao novo Presidente que não um novo rumo para o seu país. O dia 5 de Novembro último pode ter sido o princípio de uma bela história. Ou não.
Um destaque final para uma questão intrinsecamente política e estratégica, que foi alvo de abrupta actualização em Agosto passado. Durante as Olimpíadas de Pequim, os olhos do mundo desviaram-se inesperadamente das piscinas e das pistas para o Cáucaso, região onde a Rússia fez questão de mostrar quem manda. Tal resposta seria impensável ainda há poucos anos. Enriquecida pelos petrorublos e dona de si como há muito não se via, o gigante russo marcou território e dissipou muitas dúvidas sobre a natureza do seu poder actual – centralizado, ambicioso, nacionalista e, pior, imperialista. Também a Rússia deixou cair a sua máscara para se tornar num dos mais sérios testes à União Europeia e aos EUA, ou por outras palavras, à unidade da UE (através da mais que duvidosa PESC) e à capacidade de influência dos EUA, respectivamente.
Venha 2009.
João Gil Freitas
Think Pong 2008
0 opinioesterça-feira, 30 de dezembro de 2008
Bom Filho
0 opinioessábado, 27 de dezembro de 2008

Bem vindo de volta!
Feliz Natal
6 opinioesquarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Ficam os desejos de um Bom Natal de um socialista ateu...
Será?
0 opinioesquarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Mais coisa menos coisa....
0 opinioesquarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Sobre a dissolução
0 opinioessábado, 20 de dezembro de 2008
Do outro lado
0 opinioessexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Na altura, depois de 3 tentativas do género, acabei por ser recebido pela direcção da escola. Não para receber uma resposta. Não para encaminhar o meu protesto para o Ministério da Educação. Foi, isso sim, para ser repreendido, e alertado para a irresponsabilidade de faltar às aulas, e arrastar uma turma, e uma escola atrás do acto.
Hoje, os jovens que têm a mesma idade que eu tinha naquela altura, passaram para o outro lado: agora são os professores que fecham as escolas e se omitem à responsabilidade de os formar e de lhes transmitir valores. Em nome de uma revolta cega e mais autista que a senhora a quem se dirigem. Porque essa até acaba sempre por conversar e ceder quando sente que pode mudar.
Está na hora de os professores serem chamados ao “Conselho Executivo” e escrever-lhes na “Caderneta da Avaliação” um recado a vermelho: Portem-se como responsáveis por uma geração e não como miúdos inconsequentes que não conhecem nem possuem os caminhos do dialogo directo e democrático, com quem pode ajudar a, em conjunto, resolver os seus problemas.
na coluna "Abertamente Falando"
Think Pong: A esquerda Alegre
14 opinioesquarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Manuel Alegre, o “politico poeta”, é neste momento uma das figuras mais incontornáveis do panorama politico nacional. E tudo isto porque o Partido Socialista cometeu um erro estratégico: retirou o apoio a Alegre quando parecia estar tudo encaminhado para este ser o candidato à presidência da República. Só que na mesma altura apareceu o mais histórico líder do partido, e não restava outra solução.
Amuado como uma criança, o senhor decidiu colocar-se na posição que em Portugal funciona sempre: o coitado, o traído, o dono da razão por muito que não se conheça os bastidores. E na altura para além do efeito de contágio que uma situação destas traz sempre, Alegre criou também o mito à sua volta da representação dos não representados socialistas com S grande. Resultado: Arrastou um milhão de pessoas atrás de si até às urnas e derrotou o seu próprio partido. Aquilo que ele não percebeu foi que a sua birra fez ascender a Presidente da República um senhor que havia sido adversário de outras lutas, e um dos piores primeiros ministros que este pais já viu. Pior! Agora tem já mais idade, está já mais doente, e já não faz a mínima ideia do que faz nem diz. Obrigado Manuel Alegre e casmurrice da direcção Socialista.
Só que do alto da importância que adquiriu com esta candidatura Manuel Alegre começou a agir para alegrar a esquerda portuguesa. Por entre três poemas, gravou uma cassete, que posteriormente engoliu e passou a dizer: Não gosto e não quero! Sem apresentar soluções ou formas diferentes de fazer o que quer que seja. Mas como não é estúpido, apercebeu-se de que estava a ser alvo desta critica. Então convidou um conjunto de amigos, que alastrou a um encontro de críticos do governo, da ala esquerda. E assim haverá pelo menos soluções para apresentar da próxima vez que disser que não gosta de alguma coisa.
Do resultado de dois encontros Alegre já fala em ir a eleições com as ideias que de lá saírem. Se isso significa a criação de um novo partido ninguém sabe. A minha opinião é que ele acabará por substituir o repetitivo Francisco Louçã e será o candidato do Bloco às Legislativas. Resultado: O partido com 10 anos que tem vindo a crescer ao longo dessa década, sofrerá assim um “boost” eleitoral, será a terceira força, logo a seguir ao decadente PSD, e coligar-se-á com José Sócrates para formar um governo de maioria. Manuel Alegre cala-se de vez, o BE cresce, e o PS ajeita-se a trabalhar mais à esquerda. Será que no meio de tanta asneira o pais ainda vai ganhar com isto e se vai tornar num pais de esquerda?
O Think Pong acaba por este ano, havendo ainda lugar a uma análise alargada do ano e mais novidades para 2009.
Centésima Página no São Mamede
0 opinioesquarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Ainda no mesmo dia..
0 opinioessegunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Um dia..
0 opinioessegunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Meia boa-noticia
0 opinioesdomingo, 14 de dezembro de 2008
Ventos de mudança
0 opinioesdomingo, 14 de dezembro de 2008
Festa da taça
0 opinioesdomingo, 14 de dezembro de 2008
Tebas
0 opinioessexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Normalmente
1 opinioessexta-feira, 5 de dezembro de 2008
A voz da esperança
8 opinioesquinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Bem diferente de outros discursos, de outros anteriores primeiros-ministros, e mesmo de alguns líderes de oposição e opinião, o homem que gere os destinos do país foi positivo. Fez, no meio (ou final) de um cenário de crise, alguns passarem a pensar de forma diferente. Afinal há esperança, afinal Portugal não vai sentir assim tantos efeitos da crise global, tal como havia sido anunciado há dias, e ainda cada português vai sentir onde normalmente mais lhe doí, um alivio que não acontecia há muito tempo. Vai haver mais dinheiro nas carteiras!
Futurologia
0 opinioesquinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Debate Bloguers
0 opinioesquarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Admirados? ou não?
0 opinioesquarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Think Pong: Nicolinas é Património Nosso
5 opinioesquarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Começo este Think Pong desta semana destacando algo que costumo desvalorizar: o título. E faço-o porque acho que é importante frisar que estas festas estão acima de tudo aquilo que foi discutido nos últimos tempos sobre elas. Antes de mais porque falámos em Nicolinas e não em Pinheiro. Admirem-se os mais desatentos: As festas de São Nicolau são muito mais que uns milhares de indivíduos alcoolicamente bem dispostos, a disparar baquetadas desgovernadas num ritmo nem sempre assertivo. São antes de mais 6 números, a que juntámos uma semana de Novenas, e a Missa e Procissão de São Nicolau. São Posses e Magusto, são Pregão e Maçãzinhas, são Baile Nicolino e Roubalheiras.
Mas são realmente também Pinheiro. Mas mesmo esse, é mais do que a descrição acima feita. E dessa noite fica-me sempre a mesma imagem. Parado a vê-los acabar de descer os Palheiros, pedia silêncio como tantos outros faziam para ver tocar os “velhos”. O respeito pelo toque e pela tradição. À mesma “temperatura” e “alegria” de todos os outros, mas sem esquecer o que ali se faz: preserva-se uma tradição.
Nicolinas é por isso também mais do que uma marca registada. Mais do que grupos de ex-nicolinos, ex-membros de comissões ou de tertúlias de amigos. Mais do que conventos ou torres dos almadas. É marca registada da nossa vontade – aqueles que todos os anos trocam o sono, o estudo, os empregos e as caras de boa disposição no dia seguir pelas tradições centenárias – de sermos nicolinos enquanto antigos alunos das secundárias de Guimarães.
É também muito mais do que candidata a Património Cultural da Humanidade. É já, para todos nós, Património Mundial da "Vimaranensidade". Do orgulho da terra e da vontade de preservar os nossos valores. E as nossas melhores tradições. De mostra-la a todos os que vêm de fora para a ver. E a todos aqueles que sendo da terra, só ano após ano as vão descobrindo.
O presidente da Comissão de Festas deste ano destacava a vontade de revitalizar os números do Pregão e Maçãzinhas. Concordo. Era preciso revitalizar estes números, e apaziguar as relações entre todos aqueles que se batem para dizer que as Nicolinas são mais minhas do que tuas. As Nicolinas são de todos, mas principalmente daqueles miúdos, todos ou quase, menores de idade, que erguem o mastro ao alto, e o festejam 7 dias com mais responsabilidade que a gente grande o faz nos bastidores.
Quem não estava à espera disto?
0 opinioesterça-feira, 25 de novembro de 2008
Aprovado!
0 opinioesterça-feira, 25 de novembro de 2008
Foi mesmo a brincar
1 opinioessexta-feira, 21 de novembro de 2008
Think Pong: Assim, temos pouco Tempo Livre
2 opinioesterça-feira, 18 de novembro de 2008
Só que estes 7 anos são muito mais do que isso. A Cidade Desportiva conta neste momento a 100% com o Multiusos, o Scorpio, a Pista de Atletismos, as Piscinas, o CMAD e um conjunto de 8 pavilhões geridos pela Tempo Livre. Estes espaços passaram de um primeiro ano maioritariamente constituído por eventos organizados ou promovidos pela cooperativa, ou pela Câmara Municipal de Guimarães, para volvidos 7 anos nos depararmos com todo o tipo de actividades desde o religioso ao político, passando pelo desportivo e recreativo, até aos motores e à rede Social.
Observando por exemplo as actividades de cooperativa deste ano vemos que de facto atingiu-se um patamar considerável no agendamento de actividade recreativa/desportiva: Férias Desportivas, Projecto Enriquecimento Curricular, Feira da Pequenada, etc. (Afinal há uma política concertada de actividades essencialmente para jovens!)
O trabalho desenvolvido está de facto com o caminho bem traçado, falta no entanto, agora que consolidado o projecto, um salto qualitativo. Dar seguimento desde já às muitas e boas actividades programadas, e tentar dar o passo em frente em alguns eventos. Desportivamente, tentar receber um campeonato de nível internacional de uma modalidade de pavilhão. E ao nível de concertos, preencher a agenda nacional com um espectáculo que traga até Guimarães multidões. Para além deste último passo a dar, falta a meu ver uma outra capacidade de gestão dos pavilhões. Já o escrevi durante as férias, que quis jogar Voleibol e não tive onde. Há que criar condições para que todo o cidadão possa ser satisfeito nas suas necessidades, cumprindo assim com uma das funções da cooperativa, e do seu principal accionista a CM Guimarães.
Round 2
2 opinioesterça-feira, 18 de novembro de 2008
Mas mais ao lado das câmaras principais a nova artista da comédia nacional revelou-nos a sua verdadeira faceta anti-democrática: "Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite".
Nada mau para quem acusava Sócrates de ser um adepto da propaganda. Talvez ela perceba o que isso seja.
Vitória Europeia
0 opinioesquinta-feira, 13 de novembro de 2008
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Deseducação
0 opinioesquinta-feira, 13 de novembro de 2008
Think Pong: Trilhar o caminho certo
0 opinioesterça-feira, 11 de novembro de 2008
Foi apresentado o novo Plano e Orçamento para 2009 da Câmara Municipal de Guimarães. O último do provavelmente penúltimo mandato de António Magalhães. E é antes de mais um Orçamento que tem em vista o futuro. Que coloca em primeiro lugar as necessidades dos cidadãos, sem descurar o lazer, o desporto e o inicio da obra para 2012 – Capital Europeia da Cultura. Que tem essencialmente três vertentes essenciais: a aposta firme nas obras que faltam fazer para o engrandecimento da qualidade de vida no concelho(leia-se saneamento, estacionamentos, vias públicas...), o investimento em infra-estruturas e eventos que elevem desde já Guimarães a uma das “capitais do país” a nível cultural, e como já havia sido anunciado, a transição dos poderes da autarquia para as escolas EB 2,3.
É um Plano e Orçamento de investimentos. De uma leitura atenta do executivo liderado por António Magalhães à actual conjuntura de investimentos que recairão na região, surge então um plano ambicioso que aproveitará da melhor forma o QREN e os fundos recebidos para 2012.
No que diz respeito à CEC serão desde já financiadas: Casa da Memória, Plataforma das Artes e Requalificação da Biblioteca Raul Brandão. O edifício da praça de Santiago do Museu Alberto Sampaio andará.
Quanto à qualidade de vida serão investidos à volta de meio milhão de euros em vias cicláveis, uma forte lacuna da qualidade de vida vimaranense. Serão ainda criadas outras infra-estruturas desportivas como é caso de um zona para skates e patins. Neste plano está reservada ainda uma verba alargada para a requalificação urbanística. Em grande destaque cerca de 4 milhões de euros para a requalificação do Largo do Toural, Alameda e Rua Santo Antónia. As artérias principais do centro da cidade. Arrancará também a obra do requalificação do Antigo Mercado. E ficará pronta a segunda fase da Circular Sul Nascente.
Na Saúde destaque para a construção da extensão de Saúde de São Torcato.
É caso para dizer que Guimarães está em alta velocidade, e contivesse este plano, ou o Orçamento de Estado investimentos em transportes públicos como uma linha ferroviária entre Braga e Guimarães, ou um metro para toda esta zona do Minho e eu dir-me-ia capaz de não criticar uma qualquer opção de investimento público. Assim fica este reparo e duas notas: Uma para a possibilidade de no próximo ano redobrar os esforços na cultura, e a outra, e salvo qualquer desatenção na leitura do documento, para a existência de uma discrepância inexplicável entre o investimento em Desporto e Cultura quando comparados com a rede social.
De pasmar..
9 opinioesdomingo, 2 de novembro de 2008
"... desemprego de Cabo Verde, desemprego da Ucrânia, isso ajudam. Ao desemprego de Portugal, duvido". Referindo-se ao investimento em obras públicas por parte do Governo.
São palavras de racismo e de falta de respeito para com os imigrantes que procuram o nosso país. São ainda palavras despreocupadas com os profissionais necessários para a realização de obras públicas, desde o Eng. Civil ao trabalhador da construção, que também os há a necessitar de emprego ou de obras para nao verem as suas empresas na necessidade de despedir gente. E são, mais do que tudo isto, uma contradição para quem na mesma entrevista diz estar de acordo com o investimento público desde que este seja pensado e sustentado. Pedia-se mais responsabilidade para quem quer tomar conta dos destinos do país na actual situação global económica, e no actual mundo global onde a imigração é algo natural e recíproco em todos os países democráticos e desenvolvidos.
Nota: Os primeiros a reagir foram os jovens que só se preocupam com as questões menores do casamento entre homossexuais. Quem diria? Oportuno Duarte Cordeiro!
O Blackout
0 opinioessexta-feira, 31 de outubro de 2008
O ComUM
14 opinioessexta-feira, 31 de outubro de 2008
Apoiei estas declarações, porque noutros tempos, e pelas mãos de outro director, na altura Rui Passos Rocha, o ComUM tratou factos demasiado graves com uma leviandade nada própria de aspirantes a jornalistas. Acusaram alunos do curso que frequento de uma situação de violência que já corria em tribunal com outros arguidos. Meio-ano depois, em editorial, o ComUM volta a dar razão aos meus receios. Vão mesmo matar o projecto:
"Rui Jorge descontrolou-se e disse coisas de que já se deve ter arrependido. Disparou em várias direcções, e apesar de não gostar do ComUM, nós temos que agradecer a sua Santidade, pois as declarações exclusivas dadas pelo mesmo ao nosso jornal, beneficiaram o portal, que registou várias visitas, curiosas com o caso. ", aqui.
Afinal a polémica sempre é uma das prioridades editoriais daquele espaço.
Semana Europeia da Juventude
0 opinioesquarta-feira, 29 de outubro de 2008
Para mais informações visitem aqui.
Tão amigos que nós fomos...
3 opinioesquarta-feira, 29 de outubro de 2008
Tempo de Agir
8 opinioesquarta-feira, 29 de outubro de 2008
TAS reabre
0 opinioesquarta-feira, 29 de outubro de 2008
Think Pong: Piddac 2009 - Sinais de mundança
1 opinioesterça-feira, 28 de outubro de 2008
Depois de um ano em que havíamos sido contemplados com a insuficiente verba de 600 mil euros, dando seguimento à politica de já alguns anos de cortes nos investimentos, iniciada pela lógica do discurso da tanga, em especial para algumas regiões como a de Guimarães, desta vez o orçamento de estado reservou para a região uma soma a rondar os 14 milhões de euros.
Vemos assim de regresso o investimento público. Depois de dois primeiros-ministros de coligação PSD/PP - e com a actual líder do maior partido da oposição enquanto ministra das finanças -, os investimentos nas regiões foram levados ao mínimo possível, em nome do combate ao défice. Com José Sócrates, e depois de 2 mandatos a recuperar, assistimos agora a um novo ciclo. Um ciclo de confiança, de demonstração da mesma, e de um acréscimo no investimento nos pilares essenciais da sociedade, e uma aposta, em Guimarães, clara na cultura, acreditando no retorno possível com 2012.
Analisando mais friamente, desde logo, no meu ponto de vista, apesar da subida abrupta, estamos ainda com uma diferença demasiado grande quando comparados com um concelho como o de Braga que receberá algo na ordem dos 40 milhões de euros.
Mas ainda assim há que analisar as contas com os olhos de quem viu o investimento na sua região multiplicado por 25. De facto, mesmo sabendo que dos 14 milhões, 12 são o primeiro tranche da verba que financiará a Capital Europeia da Cultura, o restantes 1,6 milhões serão direccionados para investimentos normais para outros anos. Ou seja, haverá mais 1 milhão de euros do que no ultimo PIDDAC para Guimarães. Dos quais 15 mil euros serão para o centro de emprego, 950 mil euros para o centro de saúde de S.Torcato, 110 mil euros para a requalificação da Escola João de Meira e 535 mil euros para o parque judicial de Guimarães.
Ou seja, veremos chegar a Guimarães verbas para Saúde, Educação, Justiça e Segurança Social, via OE. Todas as grandes áreas da sociedade estão assim contempladas, dentro das possibilidades.
Quanto à restante verba, de 12 milhões para a CEC2012, parece-me um valor já considerável, visto que Guimarães já se encontra servido de equipamentos, e estamos ainda a 3 anos do acontecimento, podendo este valor ser investido em melhoria da oferta da cultura, para ir afirmando Guimarães mesmo antes de chegar à data comemorativa. No entanto, espera-se que os próximos PIDDAC’s dos anos que antecedem 2012, venham a aumentar ainda mais as verbas destinadas ao acontecimento, completando os falados 111 milhões de euros para o cumprimento do programa de festejos, ou preferencialmente ultrapassando esse valor.
Do outro lado: Um PIDDAC insuflado.
Complemento Solidário para Idosos
4 opinioesdomingo, 26 de outubro de 2008
Então?
7 opinioesquinta-feira, 23 de outubro de 2008
Porto perde em casa e...
7 opinioesterça-feira, 21 de outubro de 2008

Centro Novas Oportunidades
0 opinioessegunda-feira, 20 de outubro de 2008
Juventude activa
9 opinioesdomingo, 19 de outubro de 2008

A actividade decorreu da parte da tarde e foi acompanhada por algumas dezenas de jovens e seniores socialistas, e algum público da cidade.
Apesar da falta de tempo para uma discussão mais alargada, a iniciativa considero ter sido um sucesso. Foi óptimo para todos os participantes ter a possibilidade de beber das experiências de alguns dos autarcas mais experientes e com mais capacidades do distrito de Braga. Logo na abertura Fernando Moniz, Governador Civil do Distrito de Braga e Miguel Laranjeiro, coordenador dos deputados na Assembleia da República do Distrito falaram-nos das suas experiências, do seu percurso e das expectativas que todos devemos ter, e os objectivos por que nos devemos bater.
No primeiro painel do dia, Miguel Alves, por Guimarães, e Nuno Sá, por Famalicão, passaram as suas experiências de serem líderes de bancadas em Assembleias Municipais, um do lado do poder, e outro da oposição.
Já no segundo painel foram dados a conhecer dois exemplos de boa gestão numa Câmara Municipal: a de Guimarães, com a intervenção de António Magalhães, e a de Cabeceiras de Basto por Joaquim Barreto. Tanto um como outro presidentes abordam as mais diversas áreas de acção em que uma autarquia deve ser eficaz e importante, centrando-se especialmente nos exemplos únicos no país de excelência de um e de outro Município. A pedido do moderador Nuno Vieira, ambos falaram da forma de ver as políticas de juventude, sendo que António Magalhães insitiu na ideia da última Assembleia Municipal em que defendeu que mais importante do que juntar um grupo de actividades e rotula-las de políticas de juventude, devemos começar com o acompanhamento nas escolas, devemos abrir e manter infraestruturas desportivas e de lazer, e devemos ter bolsas e prémios (este exemplo também existe em Cabeceiras) para que jovens com valor possam dar o salto em frente. Ainda neste campo, Magalhães falou das geminações e das inúmeras possibilidades de intercâmbio que estas oferecem, informando que ainda este mandato haverá um plenário organizado em Guimarães para jovens de vários cantos da Europa, de cidades com que a nossa está geminada.
Ficaram ainda deste painel algumas ideias daquilo que será a organização das listas para as eleições autárquicas, com um olho posto desde já na remodelção necessária e imposta pela lei, com a introdução de novos quadros e de pessoas abaixo dos 40 anos para integrarem as listas do Partido Socialista aos diversos orgãos autárquicos.
Foi acima de tudo uma excelente iniciativa, bastante enriquecedora e uma ideia concerteza para repetir.
Houve quem errasse mais que Queirós
0 opinioesquinta-feira, 16 de outubro de 2008
Avaliação de desempenho de professores
13 opinioesterça-feira, 14 de outubro de 2008
Cartão Jovem Municipal
2 opinioesterça-feira, 14 de outubro de 2008
Think Pong - A praxe vista por dentro
2 opinioesterça-feira, 14 de outubro de 2008
No entanto, e para mal de muitos que levam a praxe com correcção e respeito, cometem-se por vezes muitos exageros. E infelizmente são estes os casos que uma vez por ano, não mais do que isso, são notícia.
Ainda à praxe, são atribuídas críticas de um sistema pouco democrático, e de uma hierarquia definida por número de matrículas, levando a que os que mais “chumbam” sejam os “maiorais” da “brincadeira”. A estas criticas eu preferia responder com soluções. A praxe passava apenas a ter comissões de praxe, constituídas por alunos entre a 3ª e a 5ª matrícula, gerido internamente por um cardeal de curso (que poderia ser perfeitamente um aluno de 5 matrículas – note-se, sem chumbo) e um Maioral, no caso da Academia que melhor conheço, a do Minho, o Papa, votado numa eleição entre os tais cardeais de curso. Á partida acabavam-se os vícios e os agarrados aos poderes instituídos, que se deixam arrastar pelas universidades, e criava-se assim uma hierarquia marcada pela experiência académica, em tudo benéfica para alunos recém-chegados a um Mundo novo.
Restava aos elementos da praxe resolver duas criticas: a falta de liberdade e os exageros cometidos. Quanto à primeira, penso que não haverá muito mais a fazer. Estão criadas as condições para que qualquer um não tenha que passar por nada que não deseje – facto que faço sempre questão de referir a alunos novos – e passaria apenas por uma ligeira alteração nas mentalidades daquela, estou em crer, minoria que ainda despreza alguém por ter o rótulo de “Anti-praxe”. No que aos exageros cometidos diz respeito, esta tal liberdade de escolha de cada um facilita em tudo as coisas, e qualquer desrespeito que saia do âmbito da brincadeira é caso para os tribunais civis, e então, cada um é livre de escolher também fazê-lo.
Posto isto resta-me concluir que a praxe tal como está é passível de ser criticada, mas antes de continuarmos a ouvir do exterior pedidos do fim desta actividade que considero importante para os novos alunos, devemos ter uma atitude dentro da sua estrutura. E tal como qualquer outra, adaptarmo-nos aos tempos e às mentalidades.
Think Pong - Turismo premiado
2 opinioessegunda-feira, 6 de outubro de 2008
Antes de mais, assumo desde já, que falar sobre o turismo da cidade, quando se é morador da mesma, não é uma tarefa fácil. Porque já conhecemos a oferta. Porque não temos real percepção do número de visitantes da cidade, das taxas de ocupação da hotelaria, entre outros. No entanto, e pelos números recentemente divulgados, ficamos a saber que o número de turistas que visita Guimarães aumentou. E isto é um facto.
Mas passando ao lado das opiniões. Guimarães, ao que me parece, tornou-se ao longo dos anos um destino escolhido por pessoas de meia-idade, ou idades avançadas. É também escolhido por pessoas com alguma capacidade financeira visto que grande parte da sua oferta hoteleira é constituída por hotéis de preços médio-alto. E aqui, em parte pelo tipo de monumentos e actividades disponíveis, parece-me que a aposta está mais do que ganha. Não fossemos nós Património Cultural da Humanidade, e não fosse essa uma “rota” preferencial deste tipo de público.
Mas, foi nesta semana também, que o Presidente da República visitou Guimarães. Cavaco Silva, passou pelo Circulo de Arte e Recreio, passando assim por um dos marcos mais importantes da rota juvenil da cidade. E não deixa de ser sintomático. O CAR é uma casa em tentativa de recuperação. Está a recomeçar a tentar ter alguma actividade cultural, e é dos poucos sítios que acolhe os Erasmus e os estudantes da Universidade do Minho do campus de Azurém. Mas o CAR está velho e a cair há anos! E se isto é a marca mais importante que temos para mostrar da oferta juvenil, também aqui pode estar explicado o facto de não existir – e aqui assumo, parece-me – um maior número de turistas jovens em Guimarães. Não existe oferta suficiente. Não existe uma noite tão apelativa como noutros tempos, nem tão pouco uma “circuito” de sítios a visitar e paragens obrigatórias. Para esta faixa etária. Temos que assumir: em diferentes idades temos diferentes tipos de interesse. E falta em Guimarães preencher esta lacuna para dar por completo o resto do excelente trabalho realizado no turismo vimaranense.
Do outro lado: Que turismo?
Lamentável
4 opinioesterça-feira, 30 de setembro de 2008
Think Pong - Política de Juventude
0 opinioessegunda-feira, 29 de setembro de 2008
Importa antes de mais definir aquilo que discutimos. Na minha opinião, politica de juventude é tudo aquilo passa pelas actividades programadas pela autarquia dedicadas a jovens, pelo acompanhamento e pelos planos definidos pela câmara para eles, pelos espaços e infra-estruturas criados, mas também pelos apoios que o executivo guarda, no seu orçamento, para apoiar associações – sejam elas de jovens ou para jovens.
Vamos então por partes. Daquilo que às actividades organizadas para jovens diz respeito, Guimarães não tem grandes motivos de queixa. Em termos culturais, já o disse, podem faltar alguns nichos de público por satisfazer, mas entre Multiusos e CCVF vai havendo animação. Poderá no entanto faltar alguma articulação, ou no mínimo alguém que mande. Porque tanto “A Oficina” como a “Tempo Livre” são Cooperativas Municipais independentes. Tanto do Município como uma da outra. O que faz com que acabe por não existir um fio condutor que oriente toda a actividade.
Em termos desportivos, estamos mais do que bem equipados em espaços – desde as piscinas às dezenas de pavilhões da autarquia, passando pela pista de atletismo até ao parque da cidade. A juntar a isto “A feira da pequenada”, as “Férias desportivas”, ou mesmo os Domingos de manhã no parque da cidade, e outras organizações que acabam por transversalmente incluir uma grande parte das faixas etárias mais jovens.
A Câmara Municipal de Guimarães acaba por ter actividades de tempos livres, de complementos de horário nos primeiros anos de ensino e de recreio puro. Falta no entanto provavelmente dar continuidade até uma idade mais avançada. Se é verdade que este acompanhamento à formação corresponde a um plano que abrange quase desde nascença até aos 10/12 anos, não é menos verdade que a partir daí os jovens deixem de ter apoio municipal, seja na escolha de área do ensino secundário, seja mais tarde no apoio psicotécnico antes do acesso à universidade. E aqui podia ter um papel importante a desempenhar. Será que parte disto está abrangido pelo “Ponto Já!”? é que eu, à semelhança de uma grande maioria dos vimaranenses desconheço quase na totalidade o tal espaço.
Mas finalmente chegámos àquele que eu considero o ponto mais sensível da questão: os apoios às associações. A acompanhar o bom trabalho desenvolvido, e às melhorias ainda ao alcance no imediato que já aqui abordei ao de leve, a CMG deveria ter toda uma outra abertura aos apoios a associações jovens. Diz quem já andou pelo CMJ, que muitas vezes é complicado pedir apoios, porque são recusados de imediato, e dizem tantos outros grupos de jovens que tudo aquilo que peçam para alem do apoio logístico não passa também da fase de projecto. Salve-se no entanto a face visível da questão: O Barco Rock Fest teve apoio do município e o Cineclube dispõe da sala grande do CCVF. Espera-se da autarquia um crescimento diário. Porque podemos aprender com o tempo, e porque realmente está na hora de unir todos os pontos positivos da sua política de juventude e torna-la nisso mesmo. Num plano que seja algo mais que um conjunto disperso de excelentes actividades.Mas espera-se mais do que isso. Que ganhe força toda uma nova vaga de motivação e de actividade por parte das associações que existem e daquelas que poderão surgir – a tão falada associação de bares da Praça e Oliveira – , trazendo, quem sabe, consigo a aprovação e o apoio do Convento de Santa Clara.
Do outro lado: Temos uma política de juventude?
Think Pong - Parabéns em evolução
10 opinioesterça-feira, 23 de setembro de 2008
E se por um lado a regularidade e o facto de pagarmos e termos que estar realmente interessados para assistir é algo de que nos devemos orgulhar na mudança, o facto de nestes três anos a cultura para todos - não em qualidade ou tipo, mas em preço e espaço - ter sido reduzida a quase nada é algo que devemos questionar. Até as Gualterianas fugiram das suas gentes...
Mas a mudança de atitude foi notória. A casa de espectáculos do São Mamede, por exemplo, acaba por surgir "na onda" do crescimento cultural da cidade. Pena é que seja mal gerida a todos os níveis e se tenha tornado em tudo menos numa casa de espectáculos. Mas isso dava pano para outras mangas.
No que diz respeito à programação as opiniões sobre o CCVF divergem. Na minha opinião, e porque é a música, de entre as artes aquela que mais me diz, há ainda algum trabalho a fazer. Não tenho dúvidas que já passaram nos três palcos de Vila Flor grandes nomes. Mas falta mais e diferente programação. E quando falo em em mais e diferente falo em bandas portuguesas como Blind Zero, Toranja (agora a solo Tiago Bettencourt), Xutos e Pontapés(coitados que mal se mexem, mas há três anos podiam ter vindo ainda em forma), etc que há muito que não visitam a cidade. Em nomes internacionais como os The National que cá estiveram, mas também os Klaxons e os MGMT. A diferença de preços entre trazer uns ou outros não deve ser astronómica. E em termos de vendas, acho que compensava. Este tipo de programação que tanto público atrai está longe de fazer parte dos planos da Oficina, enquanto gestora do espaço. Eu percebo que para actuarem no café concerto têm que ter pouca dimensão - sugiro já agora que apanhem o comboio dos MySpaces e das "Anas Frees", algo que a Casa da Música do Porto por exemplo já vai fazendo no seu espaço exterior. E que para qualquer um dos auditórios têm que ter um estilo de música adequado ao espaço - mesmo aqui ainda há trabalho a fazer, mesmo em termos de bandas portuguesas. Mas e então os "The National" e "Liars" não actuaram na relva? Não sendo adepto, Buraka Som Sistema não seria uma noite bem passada na parte exterior?
Falta, portanto, meio-termo em Vila Flor. Deve haver algum cuidado para não se chegar ao popular do Multiusos, mas também para não ficarmos assim tão afastados da maioria. Eu tenho alguns, mas quantos mais jovens da minha idade têm CD's das bandas que actuam no CCVF? Pensem nisto.
Nota: excepcionalmente, o "Think Pong" é publicado esta semana à terça-feira, devido a compromissos pessoais.
Do outro lado: Basta colocar-nos no mapa?
Ser responsável
9 opinioesquinta-feira, 18 de setembro de 2008
Há apenas 3 dias expus o meu desagrado para com a atitude de Emídio Guerreiro, que se apressou a atirar as culpas para o Simplex e o seu fracasso, para justificar as demoras no atendimento na Segurança Social. Agora é a vez de outro Deputado na Assembleia da República eleito pelo circulo de Braga tomar posição.
É para este tipo de posições que elegemos os nossos representantes. Só faz sentido a política quando os seus intervenientes estão mais preocupados em resolver as situações do que em usa-las como argumentos políticos para pura e simplesmente fazer política. E Miguel Laranjeiro já nos habituou a esta forma positiva de estar na política.
Escrito na pedra
0 opinioesquinta-feira, 18 de setembro de 2008
É preciso dizer: "Já!"
9 opinioesquarta-feira, 17 de setembro de 2008
E já se fala em...
11 opinioesterça-feira, 16 de setembro de 2008
- Lucro do Goldman Sachs cai 70%;
- Crise Económica sem precedentes;
- Crise da AIG. E possível falência.
- Efeitos da falência do Lehman Brother.
A decadência do liberalismo económico
7 opinioesterça-feira, 16 de setembro de 2008
Think Pong: Para que servem os números?
14 opinioessegunda-feira, 15 de setembro de 2008
Cerca de 85% dos candidatos ao ensino superior garantiram a sua entrada. E desses, cerca de metade na sua primeira opção. Foram resultados recorde. Sinais dos tempos. Toda a gente agora quer uma licenciatura, mesmo que não chegue a conclui-la, ou mesmo que a termine e saia directamente para um mercado de trabalho que não é o seu ou para o desemprego.
E é por isso que este ano "recorde" tem muito que se lhe diga. Antes de mais devemos ficar satisfeitos: as médias subiram em geral, houve um maior número de estudantes satisfeitos na hora do concurso e há essencialmente um número nunca antes visto de pessoas à procura de uma maior formação.
Mas temos o reverso da medalha. Estes resultados positivos devem-se a alguns pontos que suscitam algumas duvidas sobre os mesmos. Abriram 50 000 vagas novas para o ensino superior. Ou seja, é natural que mais gente tenha ficada colocada. As médias subiram muito por culpa de alguns exames, como é exemplo o de Matemática, que foram bastante facilitados.
Pessoalmente, valorizo entre estas duas faces aquela que é positiva. Mas sou um adepto do inconformismo e da constante evolução. Por isso devemos querer mais. E devemos saber criticar. Devemos exigir ainda melhores resultados e ter outras formas de avaliar e aconselhar os nossos alunos. Tanto ao 9º como ao 12º ano. Devemos pesar estes números de colocações com os da formação profissional, e das saídas para o mercado desses cursos. Estamos a entrar num ciclo vicioso de excesso de formados para os lugares disponíveis. Continuaremos a ter gente com excesso de formação para os lugares que acabarão por desempenhar nos seus empregos. Será que os interesses do país não deverão estar à frente da mentalidade "empresa" das universidades, que analisam os novos anos e abertura de novas vagas e cursos pela necessidade de propinas?
Há agora que preparar o novo ano, dar continuidade à evolução no ensino dos últimos 10 anos, e ir mais longe! Principalmente nos técnicos, nos profissionais, na aproximação das universidades aos mercados, e no correcto acompanhamento dos estudantes.
Nota: É interessante analisar a possível mudança de paradigma. Existem duas engenharias (Biomédica e Bioengenharia) com médias superiores a alguns cursos de medicina.