Por falta de tempo disponível para o fazer adiei a publicação aqui no blogue de um texto sobre o outro lado da questão da avaliação de professores. Tempo suficiente para que os acontecimentos reforçassem o meu ponto de vista.
No actual momento, a questão da avaliação dos professores deixou de afectar apenas os docentes. Os alunos passaram a pagar a sua quota parte da questão. Isto porque os senhores professores, afectados com a carga de trabalho em que o estado os meteu decidiram demitir-se das suas responsabilidades de bons formadores de pessoas ao nível curricular mas também pessoal.
Sabemos que a função do professor é uma das mais importantes da sociedade. É o responsável máximo, logo a seguir à família pela formação de bons indivíduos, e por consequência de uma melhor sociedade. Mas a irritação provocada pela avaliação estendeu-se às salas de aula. Em formato de queixa às crianças e aos jovens, e de desatenção e má disposição prontamente justificadas como "culpa do Governo" e quem achar mal "que se queixe à Maria de Lurdes Rodrigues". As aspas não são aqui para transcrições literais, mas para "relatos" de queixas que fui ouvindo nos últimos tempos. Estão a formar opiniões e consciências sociais baseadas em lamurias por excesso de trabalho.
Os acontecimentos de Fafe acabam por corroborar a minha versão dos factos. O que sabiam aqueles jovens sobre a avaliação dos professores? Aquela raiva toda vinha-lhes de dentro? É pena não se poder condenar autores morais daquela vergonha.
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