Momento cómico do dia

2 opinioes

Como eu me ri com isto!
Read On

Determinado

1 opinioes

Está aberto mais um "estaminé" na blogosfera vimaranense. É o indeterminante, mas de um rapaz determinado. Vou passando, Tiago ;)
Read On

Falando a sério...

4 opinioes

O site Guimarães Digital dá hoje uma notícia relativa ao suposto interesse do Arsenal em Ghilas, e do Benfica em Geromel. Emílio Macedo já respondeu, e muito bem diga-se, que lamenta que este tipo de interesse apareça num final de época em que está tudo em decisão ainda na Liga Bwin. O meu comentário é diferente. Quando não dá para comprar árbitros, quando já não chega sequer a pressão que se põe todas as semanas em cima deles, tenta-se corromper a moral dos jogadores adversários. Em Inglaterra eram processados...
Read On

Futuro a prazo

3 opinioes

Lia-se na edição nº 782, de 28 de Fevereiro de 2008, da revista “Visão”, uma excelente reportagem, de Clara Teixeira e Joana Fillol, chamada “Geração em saldo”. Na peça podíamos ler alguns números assustadores do que, ao emprego jovem, diz respeito. A verdade é que a realidade já todos a conhecemos. A geração dos 18-35 actual, na qual eu me encontro, atravessa muitas dificuldades. O que serve para acentuar muitas das vezes os problemas já existentes na geração dos pais.

Com ou sem formação, arranjar emprego não é uma tarefa fácil. Mas para quem não tem formação, existe sempre a hipótese de agarrar algumas oportunidades que lhes são dadas. Mas a vida nem sempre o permite. E a necessidade de liquidez num agregado familiar muitas vezes apressa a decisão entre a escola ou o mundo do trabalho. Mas no caso da reportagem que falava, o desemprego em jovens com formação (licenciatura, pós-graduação, mestrado ou doutoramento) preocupa bastante mais.

O hábito de contratar jovens a prazo é conhecido. E o novo hábito de fazer uma rotatividade entre estes contratos é assustador. Para a entidade que emprega, faz todo o sentido! Contratar um licenciado acabado de sair, com enorme vontade de trabalhar a qualquer custo, dando-lhe um estágio, ou posteriormente um subsídio encapotado de ordenado, a recibos verdes. E o pior é que, dependendo obviamente das áreas, as condições nem são as melhores. A liberdade para inovar ou fazer algo diferente das rotinas das empresas é prontamente censurada pelos patrões, que muitas das vezes são empresários à moda antiga. 4º ou o 6º ano de escolaridade, e que de negócios apenas entendem o que adquiriram com a experiência. Pouca teoria, e demasiado poder para quem pode vetar as decisões de um licenciado.

A verdade é que o número de empregos jovens, até teve algum crescimento. E é verdade também, que os números podem ser analisados com enorme boa vontade. É mais fácil a um licenciado procurar emprego, e em média o salário que irá receber será superior ao do não licenciado. Mas se aos números juntarmos o crescimento do emprego precário e dos estágios profissionais e profissionalizantes, percebemos que os números não são assim tão animadores para quem ainda procura emprego. E, sem terem essa noção muitas vezes, também para quem está na altura de decidir entre trabalhar ou prosseguir os estudos no ensino superior.

Mas o estado tem aqui um papel muito importante, e que terá que o assumir rapidamente. O ensino superior não é, nem pode ser um negócio. Então, por muito que uns milhares de novos alunos anuais em cursos falidos a nível de saídas profissionais, seja lucrativo, aquilo que representará a saída de toda essa gente para um mercado de trabalho que não os conseguirá absorver, poderá resultar, não só em gastos directos do estado, como em revoltas sociais e até mesmo em problemas psicológicos para os futuros desempregados. Está na hora de fechar cursos, e de limitar as entradas noutros. Acompanhando tudo isto com incentivo à formação profissional e técnica dos finalistas do 9º e 12º ano de escolaridade.

É urgente legislar de forma mais apertada, os contratos de trabalho. Acabar com os absurdos dos 6 anos de contratos a prazo, e fiscalizar os que passam desse limite ilegalmente, e dos contratados a recibos verdes.
Texto publicado na edição de hoje, 4 de Abril 2008
do "Povo de Guimarães"
na coluna "Abertamente Falando"
Read On