A Tempo Livre está de parabéns. A régie-cooperativa, que tem na Câmara Municipal de Guimarães o seu principal accionista está a completar 7 anos de existência. E são 7 anos de evolução, construída em constante rumo contra a maré. Porque não foram poucas as vozes que se foram levantando contra, principalmente, o Multiusos. De entre as quais destaca-se a do excesso de eventos de nível de interesse cultural reduzido, vulgo “para parolos”. Só que a crítica nem sempre foi justa. Se é verdade que havia eventos de outros tipos de interesses a organizar, as taxas de ocupação do espaço em dias de espectáculo falam por si. E ninguém é mais nem menos porque entra num espectáculo de Tony Carreira. São públicos diferentes dos donos das críticas, mas com as mesmas necessidades de ter eventos à medida.
Só que estes 7 anos são muito mais do que isso. A Cidade Desportiva conta neste momento a 100% com o Multiusos, o Scorpio, a Pista de Atletismos, as Piscinas, o CMAD e um conjunto de 8 pavilhões geridos pela Tempo Livre. Estes espaços passaram de um primeiro ano maioritariamente constituído por eventos organizados ou promovidos pela cooperativa, ou pela Câmara Municipal de Guimarães, para volvidos 7 anos nos depararmos com todo o tipo de actividades desde o religioso ao político, passando pelo desportivo e recreativo, até aos motores e à rede Social.
Observando por exemplo as actividades de cooperativa deste ano vemos que de facto atingiu-se um patamar considerável no agendamento de actividade recreativa/desportiva: Férias Desportivas, Projecto Enriquecimento Curricular, Feira da Pequenada, etc. (Afinal há uma política concertada de actividades essencialmente para jovens!)
O trabalho desenvolvido está de facto com o caminho bem traçado, falta no entanto, agora que consolidado o projecto, um salto qualitativo. Dar seguimento desde já às muitas e boas actividades programadas, e tentar dar o passo em frente em alguns eventos. Desportivamente, tentar receber um campeonato de nível internacional de uma modalidade de pavilhão. E ao nível de concertos, preencher a agenda nacional com um espectáculo que traga até Guimarães multidões. Para além deste último passo a dar, falta a meu ver uma outra capacidade de gestão dos pavilhões. Já o escrevi durante as férias, que quis jogar Voleibol e não tive onde. Há que criar condições para que todo o cidadão possa ser satisfeito nas suas necessidades, cumprindo assim com uma das funções da cooperativa, e do seu principal accionista a CM Guimarães.
Se o pessoal é parolo não vejo porque é que os espectáculos não hão-de ser. Pelo menos não têm de andar a sugar subsídios.
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