A selecção portuguesa de futebol empatou ontem no Estádio AXA frente à selecção da Albânia. Antes de mais fiquei surpreendido pela forma organizada como esta equipa começou por jogar, e por aqueles pequenos "truques" que condicionam as exibições contrárias. A pancada mais dura quando alguém tentou ir só, no inicio da partida e outras "artimanhas" de quem não tem obrigação de jogar para mais do que para o empate frente a Portugal. Mas foi através deste tipo de jogo que a Selecção portuguesa, até passou a jogar com um a mais. Por dupla falta, e correspondentes amarelos, a Albânia passou a jogar com 1o cedo. E aqui redobraram-se dois factores. Portugal passou a ter maior obrigação de jogar para ganhar, e o adversário a ter uma desculpa ainda melhor para defender com tudo.
Mas a equipa de Carlos Queirós não jogou bem. Juntou inúmeras exibições de nível deplorável - como as de Raul Meireles e Ricardo Quaresma - com algumas tentativas de defender a honra do convento - Pepe e Bruno Alves lutaram 90 minutos. Não fosse a exibição já estar a ser má e Portugal inteiro ainda teve que pagar por uma série de más decisões. Quem assistiu a partir da TV ao encontro teve que pagar a factura da venda dos direitos de transmissão à TVI. É insuportável ouvir os comentários naquela "televisão". Teorias da conspiração, insultos gratuitos e adjectivos precipitados desde muito cedo.
Já quem optou por ir ao estádio, acabou por pagar outra factura diferente de uma decisão da Federação. Optar por jogar em Braga foi pedir para ter 5 minutos de gritos frágeis e arrancados apenas por oportunidades de golo, e o restante tempo entre silêncio e assobios. Falta de hábito?
A última má decisão foi a de termos alguma vez na vida cada um de nós ter pago por um jornal desportivo. Ajudamos a patrocinar uma forma diferente de jornalismo que está sempre pronta a crucificar ex-heróis e a pedir a substituição de recém-chegados. Lamentável.
Nota: Ao contrário do consenso criado hoje no país em torno da crítica negativa à reacção de Cristiano Ronaldo, hoje estou do outro lado. O 7 foi capitão. Foi aquilo que Luís Figo muitas vezes teve que ser. Sentiu a equipa ir abaixo, e abriu o peito às balas que hoje recebe por tomar a dianteira àquilo que todos os jogadores pareciam querer fazer à saída do encontro. Questionar um estádio cheio sobre o porquê de não puxar em vez de assobiar quando a equipa mais precisava.
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