A humanidade pode precisar do planeta, ou de dois, mas o planeta não precisa de nós. Aquilo que a maior parte das pessoas não compreende é que nós humanos não temos de nos pôr a mexer para salvar o planeta, mas sim para nos salvarmos a nós próprios. O planeta há-de cá estar milhões e milhões de anos depois de nós cá andarmos...Tudo isto é muito simples, continuamos assim e acabamos por nos extinguirmos a nós próprios...o planeta acabará eventualmente por recuperar, levará tempo mas recupera. É muito mais forte do que nós. Respondendo à tua pergunta é claro que me sinto culpado, culpados somos todos nós que acabamos por destruir um ambiente que se calhar era demasiado bom enquanto existiu porque permitiu-nos enquanto espécie crescer e crescer até sermos...demais. Por arrasto vamos levar todas as outras espécies do planeta mais equilibradas que desta vez não precisaram de um cometa vindo do espaço para acabar com tudo, desta vez o perigo gerou-se dentro do planeta...até ver. Já o Hugo, fez-me lembrar um texto que li ontem:
"Querer mudar o mundo é coisa de gente ingénua, desfasada da realidade – o mais triste desta tanga que nos foi imposta é que se passa exactamente o contrário: são os cínicos e os conformados que estão cegos e desligados, não os idealistas."
Infelizmente há muita gente que de facto não se sente culpada. E pior, que não percebe sequer porque é que contribui para o fim do mundo como o conhecemos. No caso do hugo acho que foi mais a brincar, ou é a minha crença nas pessoas que me faz achar isso.
Ser-se culpado e sentirmo-nos culpados são coisas diferentes. Faço o que posso (reciclagem, redução de consumo de energia, ando a pé). Daí não me sentir culpado. As acções são para serem feitas no dia-a-dia, não para findarem em lamentos.
A questão é que tenho a certeza que podes fazer mais. e eu também. E cada um de nós. E não nos podem sentir satisfeitos com o pouco que fazemos. Devemos querer fazer sempre mais.
Só me apercebi agora. Caso haja dúvidas, confesso-o: sou mesmo cínico. A sério. Não no sentido que lhe atribuem hoje em dia, mas sim ao cinismo, a escola de pensamento grega. Parece-me uma forma adequada de ver o mundo e, até agora, não me tenho dado mal.
Nem por isso.
A humanidade pode precisar do planeta, ou de dois, mas o planeta não precisa de nós. Aquilo que a maior parte das pessoas não compreende é que nós humanos não temos de nos pôr a mexer para salvar o planeta, mas sim para nos salvarmos a nós próprios. O planeta há-de cá estar milhões e milhões de anos depois de nós cá andarmos...Tudo isto é muito simples, continuamos assim e acabamos por nos extinguirmos a nós próprios...o planeta acabará eventualmente por recuperar, levará tempo mas recupera. É muito mais forte do que nós. Respondendo à tua pergunta é claro que me sinto culpado, culpados somos todos nós que acabamos por destruir um ambiente que se calhar era demasiado bom enquanto existiu porque permitiu-nos enquanto espécie crescer e crescer até sermos...demais. Por arrasto vamos levar todas as outras espécies do planeta mais equilibradas que desta vez não precisaram de um cometa vindo do espaço para acabar com tudo, desta vez o perigo gerou-se dentro do planeta...até ver.
Já o Hugo, fez-me lembrar um texto que li ontem:
"Querer mudar o mundo é coisa de gente ingénua, desfasada da realidade – o mais triste desta tanga que nos foi imposta é que se passa exactamente o contrário: são os cínicos e os conformados que estão cegos e desligados, não os idealistas."
Infelizmente há muita gente que de facto não se sente culpada. E pior, que não percebe sequer porque é que contribui para o fim do mundo como o conhecemos. No caso do hugo acho que foi mais a brincar, ou é a minha crença nas pessoas que me faz achar isso.
Ser-se culpado e sentirmo-nos culpados são coisas diferentes. Faço o que posso (reciclagem, redução de consumo de energia, ando a pé). Daí não me sentir culpado. As acções são para serem feitas no dia-a-dia, não para findarem em lamentos.
A questão é que tenho a certeza que podes fazer mais. e eu também. E cada um de nós. E não nos podem sentir satisfeitos com o pouco que fazemos. Devemos querer fazer sempre mais.
Tiago:
Só me apercebi agora. Caso haja dúvidas, confesso-o: sou mesmo cínico. A sério. Não no sentido que lhe atribuem hoje em dia, mas sim ao cinismo, a escola de pensamento grega. Parece-me uma forma adequada de ver o mundo e, até agora, não me tenho dado mal.
Aconselho-te vivamente a procurar mais informação sobre a corrente de pensamento. Depois diz-me se sempre achas que tens vivido dessa forma...
Tenho.