Já fui dizendo pelas caixas de comentários de outras paragens a minha opinião sobre o assunto mas nunca decidi postar aqui. O novo papa da Academia do Minho, Rui Jorge, proferiu declarações que nada abonaram a favor da praxe e em seu nome próprio. Mas no meio de algumas asneiras, Rui Jorge, ainda teve tempo de disparar na direcção do jornal ComUM, dos alunos de Ciências da Comunicação da UM. Acusou-os de ser 24horas do Minho.
Apoiei estas declarações, porque noutros tempos, e pelas mãos de outro director, na altura Rui Passos Rocha, o ComUM tratou factos demasiado graves com uma leviandade nada própria de aspirantes a jornalistas. Acusaram alunos do curso que frequento de uma situação de violência que já corria em tribunal com outros arguidos. Meio-ano depois, em editorial, o ComUM volta a dar razão aos meus receios. Vão mesmo matar o projecto:
"Rui Jorge descontrolou-se e disse coisas de que já se deve ter arrependido. Disparou em várias direcções, e apesar de não gostar do ComUM, nós temos que agradecer a sua Santidade, pois as declarações exclusivas dadas pelo mesmo ao nosso jornal, beneficiaram o portal, que registou várias visitas, curiosas com o caso. ", aqui.
Afinal a polémica sempre é uma das prioridades editoriais daquele espaço.
Apoiei estas declarações, porque noutros tempos, e pelas mãos de outro director, na altura Rui Passos Rocha, o ComUM tratou factos demasiado graves com uma leviandade nada própria de aspirantes a jornalistas. Acusaram alunos do curso que frequento de uma situação de violência que já corria em tribunal com outros arguidos. Meio-ano depois, em editorial, o ComUM volta a dar razão aos meus receios. Vão mesmo matar o projecto:
"Rui Jorge descontrolou-se e disse coisas de que já se deve ter arrependido. Disparou em várias direcções, e apesar de não gostar do ComUM, nós temos que agradecer a sua Santidade, pois as declarações exclusivas dadas pelo mesmo ao nosso jornal, beneficiaram o portal, que registou várias visitas, curiosas com o caso. ", aqui.
Afinal a polémica sempre é uma das prioridades editoriais daquele espaço.
Caro Paulo,
Não me parece que a tua generalização relativamente ao ComUM seja justa e minimamente coerente com o que te cejo defender relativamente à comunicação social noutros casos.
O ComUM é o único jornal da UM, como tal é natural que o que é notícia venha neste jornal e não noutros.
Relativamente à frase que citas não percebo em que é que ela demonstra que o ComUM só procura polémica. O "papa" da academia é que, pelas suas atitudes e declarações, fez nascer uma polémica que não dignifica a Universidade do Minho nem a instituição universitária em geral.
Caro Pedro,
Antes de mais, que outros orgãos de comunicação social eu defendi em outros casos que façam passar esta crítica por incoerente?
Então o facto de o Editorial daquele jornal estar satisfeito com o aumento do número de visitas por via de um escândalo criado por eles não é razão para achar que o ComUM procura polémica? Nem os comentários nesse texto assinados por outros membros da redacção a defenderem o sensacionalismo como algo perfeitamente normal e presente em "orgãos de referência" como os desportivos ou o grupo TVI/IOL (Media Capital)?
Felizmente o ComUM NÃO é o único jornal da UM.
Paulo:
As outras duas "coisas" que lá param são folhetos informativos.
Dois folhetos informativos e um jornal de parede com umas histórias todas entretidas. É o que está a ser formado naquela universidade?
Caro Paulo,
Refiro-me aos valores da isenção, da independência e da imparcialidade que sei que defendes para a imprensa. O ComUM informa com independência o que significa que também tem que noticiar o polémico.
Quantos aos outros jornais, não sei quais são. Conheço o boletim informativo do SASUM e o boletim informativo da AAUM. À parte isso, nada.
tal como já comentei no texto do próprio comum o que mais me chocou foi a reacção do Hugo Pires em nome da redacção de satisfação por ter visitas através das declarações do Papa por muito que estas falem mal do próprio jornal.
Caro Paulo,
uma análise mais atenta, e não tanto na diagonal, poderia encontrar algum humor nas palavras do Hugo Pires. Efectivamente, se o Papa acha que o ComUM é o 24 Horas da UM, que haveremos nós de fazer? Uma choradeira? Às vezes levam-se as coisas demasiado a sério. O problema é a internet: se se pusesse um smiley, o caso mudava de figura. É uma coisa a estudar, a introdução de smileys nos editoriais. ;)
E a introdução de seriedade nos editoriais e na forma como se faz jornalismo? É caso para pensar também nisso.
Parece-me óbvio que já se pratica, essa. Se ler o que eu disse, a seriedade está lá. A forma como você leu é que terá sido séria de mais, já que optou por supor imediatamente que o objectivo do ComUM é, acima de tudo, ter muitas visitas. Mas afinal já está escaldado, como disse, com o jornal. Daí que seja compreensível essa generalização que faz. Não é correcta, mas percebe-se.
Paulo,
está visivelmente descontente com uma notícia que saiu na última edição do impresso. Segundo diz, não tem fontes e jornalisticamente está mal concebida.
Pois bem, se quer generalizar, dizendo que o Comum não recorre a fontes, simplesmente põe-se a inventar historietas, tudo bem.
Se quer ser quadrado, seja. No meio de tudo isto, quem fica mal é o senhor :)
O anónimo dá uma no cravo e outra na ferradura. Num parágrafo parece que sabe perfeitamente de que notícia eu estava a falar (se calhar sabe, e então seria mais fácil assinar para eu perceber que sabe), e logo a seguir a historieta é inventada por mim.
Quer ser quadrado e não ver as minhas razões é consigo, eu discuti, e continuarei a discutir. Aquele texto de que falo, o editorial em que se demonstra satisfação com o aumento do número de visitas e uma ou outra notícia mal escrita jornalisticamente falando que vai aparecendo. Eu não sou um especialista, mas leio bons jornalistas também e sei ver a diferença.
caro paulo,
quanto ao primeiro parágrafo, nem vá por aí: aquilo que disse apenas vem num dos comentários da sua autoria ao editorial do Comum cuja ligação está neste post:
"Dos escândalos lançados pelo ComUM sem fundamento, (...) pessoas que aí estavam, e também porque o caso de que falo foi na última edição impressa do último ano".
Quanto ao segundo parágrafo, apenas digo isto: se lê bons jornalistas também e sabe ver a diferença, não consigo compreender por que diz que "felizmente o Comum não é o único jornal da UM".
Quem dá uma no cravo e outra na ferradura é o senhor.
Há uma coisa, no entanto, que não deixo de concordar consigo: as afirmações do Papa vêm desprestigiar um instituição que me é também muito cara, a Praxe.
Porque não é. Qualidade discuta-se à parte, mas pelo menos temos várias perspectivas dos acontecimentos da academia. Também já o disse algures que prefiro o ComUM.
Mas por mim a discussão já não leva a lado nenhum. Eu acho que afirmação do Editorial cai mal, o Jorge não. Eu vi o ComUM fazer mau jornalismo, o Jorge não. Espero para continuar a ler, e vir a mudar de opinião.
nunca disse que a afirmação do editorial caía mal ou não, só não concordei com a sua generalização ao trabalho do Comum, tal como o Pedro Morgado fez.
Fui leitor do jornal impresso - momento em que fiquei a conhecer o jornal - e a minha opinião sobre ele é relativamente boa.
Agora que acabou o impresso - não sei por que razão - estou mais atento ao online, onde vejo trabalhos bem conseguidos e meritórios e onde não vejo em qualquer outro lugar aqui na UM.
Quanto ao esperar para ver até fazer mau jornalismo, não digo que isso não venha a acontecer.