Em tempos fui aluno da escola EB 2,3 João de Meira. Passei lá 5 anos da minha vida. Guardo ainda desse tempo muitos amigos, aulas, professores e momentos. Mas de tudo o que lá passei recordo-me muito nos últimos tempos de uma das etapas finais em especial. Numa altura em que os alunos do país andavam em protestos, naquele que foi o início de uma sequência de alguns anos de pedidos de educação sexual, de preservativos nas secundárias, de mais e melhores condições que aquela escola agora já começa a receber, da tentativa de pôr travão às cansativas aulas de 90 minutos, e aos exames nacionais ao fim de cada ciclo lectivo, eu estive presente. Foram tempos diferentes. Foram tempos de aprendizagem e crescimento pessoal. Passei inicialmente pelas surpresas de bater com o nariz no portão ao ver a escola encerrada pela manhã, para uma outra face, de um dos principais redactores do manifesto na altura entregue ao conselho executivo da escola, esperando por uma resposta superior.
Na altura, depois de 3 tentativas do género, acabei por ser recebido pela direcção da escola. Não para receber uma resposta. Não para encaminhar o meu protesto para o Ministério da Educação. Foi, isso sim, para ser repreendido, e alertado para a irresponsabilidade de faltar às aulas, e arrastar uma turma, e uma escola atrás do acto.
Hoje, os jovens que têm a mesma idade que eu tinha naquela altura, passaram para o outro lado: agora são os professores que fecham as escolas e se omitem à responsabilidade de os formar e de lhes transmitir valores. Em nome de uma revolta cega e mais autista que a senhora a quem se dirigem. Porque essa até acaba sempre por conversar e ceder quando sente que pode mudar.
Está na hora de os professores serem chamados ao “Conselho Executivo” e escrever-lhes na “Caderneta da Avaliação” um recado a vermelho: Portem-se como responsáveis por uma geração e não como miúdos inconsequentes que não conhecem nem possuem os caminhos do dialogo directo e democrático, com quem pode ajudar a, em conjunto, resolver os seus problemas.
Na altura, depois de 3 tentativas do género, acabei por ser recebido pela direcção da escola. Não para receber uma resposta. Não para encaminhar o meu protesto para o Ministério da Educação. Foi, isso sim, para ser repreendido, e alertado para a irresponsabilidade de faltar às aulas, e arrastar uma turma, e uma escola atrás do acto.
Hoje, os jovens que têm a mesma idade que eu tinha naquela altura, passaram para o outro lado: agora são os professores que fecham as escolas e se omitem à responsabilidade de os formar e de lhes transmitir valores. Em nome de uma revolta cega e mais autista que a senhora a quem se dirigem. Porque essa até acaba sempre por conversar e ceder quando sente que pode mudar.
Está na hora de os professores serem chamados ao “Conselho Executivo” e escrever-lhes na “Caderneta da Avaliação” um recado a vermelho: Portem-se como responsáveis por uma geração e não como miúdos inconsequentes que não conhecem nem possuem os caminhos do dialogo directo e democrático, com quem pode ajudar a, em conjunto, resolver os seus problemas.
Texto Publicado na última edição do Povo de Guimarães
na coluna "Abertamente Falando"
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