Ser responsável

Há umas semanas acusei o CDS-PP de atitude irresponsável. Pelo aproveitamento político que tentou fazer da vaga de criminalidade violenta. Dias depois posto a atitude responsável de José Sócrates em resposta.

Há apenas 3 dias expus o meu desagrado para com a atitude de Emídio Guerreiro, que se apressou a atirar as culpas para o Simplex e o seu fracasso, para justificar as demoras no atendimento na Segurança Social. Agora é a vez de outro Deputado na Assembleia da República eleito pelo circulo de Braga tomar posição.
Miguel Laranjeiro apresentou um pedido de esclarecimentos ao Ministério do Trabalho para perceber se está previsto algum reforço de pessoal, deixando ainda a ideia de que aquele espaço necessita de alargamento e melhoria das condições - tal como eu havia sugerido no comentário a Emídio Guerreiro.


É para este tipo de posições que elegemos os nossos representantes. Só faz sentido a política quando os seus intervenientes estão mais preocupados em resolver as situações do que em usa-las como argumentos políticos para pura e simplesmente fazer política. E Miguel Laranjeiro já nos habituou a esta forma positiva de estar na política.

9 opinioes:

  • Paulo, este comentário não está relacionado com este artigo, mas decidi vir-te picar...

    "JS desiste de agendar proposta sobre casamento homossexual na actual legislatura"

    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1343486

    Após um congresso vosso de que saiu esta como a única bandeira e a única questão publicitada pela qual a actual JS iria lutar, desistem, adiando para a próxima legislatura, ou seja, num mandato de um próximo secretariado.

    É isto a JS...

    ;)

    Abraço

  • Caro Tiago,

    Claro que a JS é muito mais do que isso.
    Não obstante, não posso deixar de concordar, que hoje, a nossa juventude (pois será para ela que as jotas existem!?) tem muitos outros problemas importantes, que remetem para segundo plano estas questões ditas fracturantes...Percebo-as numa logica de igualdade e de liberdade de escolha, que serão sempre da consciência de cada um (nisto discordo da JS). Percebo-as também contra uma lógica de imposição de escolhas, de um conservadorismo tacanho e da relação preversa pecado/erro. Relação que molda os espiritos empreendedores destas portuguesas tão pouco anglo-saxonicos...Enfim, daria para dissertar! Claro que não muda a minha vida em nada (se calhar ai estamos de acordo), mas no fim de um ciclo socialista poderiamos dizer já hoje que a sociedade é mais igualitária nas questões pessoais...

  • Tiago,

    Voltarei com tempo para responder, mas do congresso saiu que iriamos tentar ainda nesta legislatura convencer o Partido Socialista a aprovar o projecto de lei, se não, para a próxima. Mas voltarei com post ainda esta semana sem falta para abordar o tema...

    (agora pico eu)
    A parte do picar era a "única bandeira", só pode. Pareces o Alegre :)

    abraço

  • Caro Paulo, quando falava em única bandeira estava, por acaso, a fazer uma afirmação... É que não vi mais nada da JS nos últimos tempos (desde antes do congresso) que não tenha sido sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

  • Caro anónimo,

    Não percebi muito bem o seu comentário, mas não concordo com o que entendi... Principalmente com aquela de estarmos hoje numa sociedade mais igualitária que antes de o PS/Sócrates ir para o Governo... A não ser que a sua noção de igualdade seja em termos hoje muito mais pessoas com o secundário feito por diploma e cursos intensivos de dois ou três meses que pretendem fazer equivaler a três anos de estudo de quem o fez correctamente... Só aí, e aí só pelas estatísticas, poderemos dizer que a sociedade é mais igualitária.

    "Todos iguais, mas uns mais iguais que outros", isso sim, poder-se-ia dizer das pretensões das políticas de Sócrates.

  • Tiago,

    Estas a confundir coisas! Talvez não tenha sido muito explicito. O que queria dizer em termos de igualdade é sobretudo nestas questões ditas fracturantes. Aí houve um evolução.
    Talvez não concordes.

    Não queria no entanto deixar de voltar ao tema principal: na verdade o Deputado Miguel Laranjeiro é sem duvida um exemplo de proximidade e dedicação. Tenho por ele uma consideração pessoal que não queria deixar de manifestar.

  • Nisso concordamos: Guimarães até está bem representada na AR (se bem que não conheço a actividade da Sónia Fertuzinhos). Mas não nos esqueçamos que, tendo sido eleitos por Guimarães, foram-no para ser deputados da Nação e não para representarem os interesses dos seus eleitores no hemiciclo.

    Já agora, anónimo, parece que nos conhecemos... Nesse caso, cumprimentos.

  • "Mas não nos esqueçamos que, tendo sido eleitos por Guimarães, foram-no para ser deputados da Nação e não para representarem os interesses dos seus eleitores no hemiciclo."

    Tiago, o que raio é um deputado "da Nação"? Qual a lógica, então, de eleger deputados por Zonas?

  • Hugo, é mesmo como disse. Os deputados são eleitos para representar todo o território nacional e não uma região em particular. São eleitos por um círculo eleitoral, o que é diferente. Existem 22 círculos eleitorais em Portugal, correspondentes aos 18 distritos, 2 regiões autónomas, 1 dos emigrantes e outro de nível nacional.