Balanço do Ano – dos projectos

Este foi daqueles anos recheados de histórias para contar, e momentos mediáticos. Mas é também um ano muito mais de projectos para o futuro, do que realmente factos marcantes. E foi ainda um ano, em que passamos metade do tempo a falar sobre coisas pouco importantes, e deixamos muitas vezes o verdadeiro debate de lado.

Senão veja-se o tempo que se perdeu, e o espaço que ocupou, a nível dos media, o caso da “Maddie”. Uma miúda inglesa, que supostamente existe, que também supostamente estava cá de férias, e que supostamente foi raptada, e que supostamente não foi morta pelos pais. Supostamente devíamos estar mais preocupados com muitas outras coisas!

Também este ano, debatemos o livro e o filme da história de vida de Carolina Salgado. Muita gente viu o filme, outros leram o livro, mas a verdade é que Pinto de Costa está livre e a trabalhar activamente. O Porto ainda é líder este ano, e dominou no ano anterior. O julgamento, esse, fica para Fevereiro, e a prometer durar. Que valor terá o sucesso desportivo assim?

Este foi também o ano em que os Portugueses integraram no vocabulário Flexisegurança. Quando esta for realidade, voltará à baila para ser discutido. Esta e a regionalização. Que para já ficou também no projecto.

Outro que deu que falar, e muito foi Scolari. O seleccionador nacional, pôs o país e mundo a falar dele, devido a uma agressão a um jogador da equipa nacional da Sérvia, Dragutinovic. Falou-se mais do “pseudo-soco”, do que das fracas exibições da Selecção em que muitos depositam grande confiança para o próximo europeu. Reduziram-se essas críticas, à banalização conseguida pelos Gatos Fedorentos – outros que marcaram o ano, pela sua ascensão e posterior queda a pique – da agora famosa frase: “e o burro sou eu?”. A verdade é que a selecção, bem ou mal, voltou a apurar-se. E á excepção do mundial de 98, está desde 96 a apurar-se para as fases finais das competições internacionais de selecções.

Também em fase de projecto, apesar de muito falado e anunciado, ficou o Monumento ao Nicolino em Guimarães. Primeiro ia servir para marcar a semana das festas, depois ficava pronto até final do ano. Bem, hoje que escrevo é dia 1 de Janeiro de 2008, e que eu veja aqui da janela ainda está lá só o buraco. Este dia 1, em que finalmente, depois de se debater também durante o ano, entrou em vigor a nova lei do tabaco. Demasiado punitiva, pouco democrática para os donos dos estabelecimentos, e bem discriminatória para quem consome uma substância tão legal como o leite e o pão. Para maiores de 18 é certo! Pelo lado positivo, acabou pelo menos a “sobremesa olfactiva” que muitas vezes o(a) senhor(a) da mesa ao lado tinham o prazer de nos oferecer.

E num ano de mais projectos que obras, pelo menos pelo Minho houve inteligência. Guimarães lançou sozinho os já muito debatidos 5 projectos, mas aliou-se a Braga, Famalicão e Barcelos para se candidatar aos fundos comunitários do QREN. Venham daí os dinheiros europeus para fazer metro!

Para terminar a minha teoria do ano dos projectos, também na liderança do PSD houve alteração. Foi para lá o Luís Filipe Menezes. Um bom projecto para queimar nas próximas legislativas!

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