A verdade é que estava de acordo. O referendo por tudo o que ele representou – participação suficiente para ser vinculativo, abertura a nível nacional para se debater esta questão, e o simples facto de se referendar uma questão desta importância, em que toda a gente tinha uma opinião para dar, mais ou menos bem formada, e ainda a hipótese do fim da hipocrisia, do sofrimento desnecessário, e de uma questão de saúde pública – foi, sem dúvida um momento muito importante de 2007. E uma vitória da Juventude Socialista, que há anos era um dos rostos mais visíveis desta luta.
No segundo lugar, a Lei anti-tabaco, que entrou em vigor no primeiro dia de 2008, marcou a discussão do final do ano, e teve direito, nesta votação a um quinto das opiniões. O caso Maddie fechou o pódio, para mal dos meus pecados, esqueci-me de deixar isto de fora. O mediatismo excessivo, alguma percentagem de exibicionismo, e o sensacionalismo exagerado, tiraram-me do sério. Mas sem sombra de dúvida que marcou o ano. Empatado com a Maddie, ficou José Sócrates, um por desaparecer, e o outro por fartar-se de aparecer a nível europeu, enquanto Presidente do Conselho Europeu. Esta presidência portuguesa, mereceu, 3 dos votos dos leitores do blogue.
Sem votos, ficou a assinatura do tratado de Lisboa. Talvez porque quem achou isto importante, votou na opção anterior, ou então, porque não teve mesmo importância.
O referendo, a aprovação de uma nova legislação sobre o aborto (prefiro sobre os abusos da prática abortiva)e a confirmação de que os portugueses estavam totalmente fartos de hipocrisia. Os números que os hospitais ou, entretanto, os centros hospitalres, foram divulgando são sintomaticamente esclarecdores.