Do homem que nunca surpreendia...

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A meio mês do início do Campeonato Europeu de Futebol, dei por mim a analisar a qualificação da Selecção Portuguesa, para a prova que se disputará entre a Áustria e a Suíça.
E tudo isto, porque sabendo já quem são os 23 escolhidos do seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari, reparei, que o treinador brasileiro, que orienta a equipa por quem todos torcemos desde 2003, não poderá, no decorrer da fase final do Europeu, repetir qualquer um dos 11’s titulares das partidas que deram acesso a mais este momento importante do futebol português.

E tudo isto porque, no primeiro terço do apuramento, Nuno Valente e Costinha eram titulares. Depois da derrota na Polónia, entra Paulo Ferreira para o lugar de Nuno Valente, mas entra também Tiago, que também não jogará a fase final, fazendo este, mais um terço do apuramento como titular. Mas para o terço final da fase de apuramento, Scolari preferiu levar Maniche e coloca-lo sempre como titular, para dar estabilidade. Fez os últimos 6 jogos consecutivos. Mas no fim de tantas trocas no meio campo, Scolari passou de Costinha a Tiago, de Tiago a Maniche, e de Maniche a uma grande incógnita. Qualquer que seja o meio-campo da selecção portuguesa nesta fase final será uma novidade!

E depois deste exercício ligeiro, lancei-me na aventura de explorar a mente do “Sargentão”. Qual será mesmo o onze titular que disputará o Grupo A do Europeu na Suiça? Vamos por partes.
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Baliza portuguesa só conhece um nome

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Aqui parece não haver dúvidas. De todas as indecisões no “onze”, nunca a dúvida esteve no nº1. Scolari escolheu Ricardo, primeiro como guarda-redes do Sporting, e depois do jogo da Bélgica, já como jogador do Bétis de Sevilha, em todas as partidas da qualificação. Quim esperará por uma azar, e Patrício esse, vai aproveitar essencial a viagem para se habituando aos grandes palcos.
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Indecisão na ala direita

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Pela direita da defesa nacional passaram Caneira, não convocado para a fase final, Miguel e Bosingwa. Miguel fez como titular 9 jogos. Ganhou 6, empatou duas vezes (Sérvia e Arménia fora), e esteve na derrota na Polónia. Já Bosingwa jogou nos empates em casa contra a Polónia, Sérvia e Finlândia, e este na vitória sobre a Arménia. Nesta escolha Scolari, parece-me que, terá em atenção o adversário que tem pela frente. Bosingwa foi o titular dos jogos mais defensivos, ou quanto mais não seja, daqueles em que enfrentamos em casa os adversários mais temíveis do grupo. Já Miguel, foi em número, o titular por excelência. No entanto há que destacar o passado mais recente.

Os últimos dois jogos foram de Bosingwa. Ainda assim, creio que opção de Scolari cairá em Miguel por sistema.
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Não há defesa-esquerdo

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Na posição de defesa esquerdo está a minha maior preocupação. Portugal não possui de momento nenhuma solução de raiz com capacidade de aparecer na selecção a bom nível. Antunes é verde, e Nuno Valente está demasiado maduro…
Caneira é central de formação, Paulo Ferreira é defesa-direito, ou médio direito, como jogava em Setúbal e Jorge Ribeiro já ganhou estilo e preponderância no Boavista de médio esquerdo. Mas passando ao apuramento de novo.

Nuno Valente jogou os 3 primeiros jogos. Mal, diga-se. Depois, e durante 5 jogos consecutivos, foi a vez de Paulo Ferreira ocupar essa posição. Caneira entra na equipa no empate em casa frente à Polónia, mas sai lesionado aos 14 minutos lesionado, apesar de ter deixado grandes sinais de capacidade defensiva. Regressa por esse motivo, Paulo Ferreira, jogando o empate com a Sérvia e nas vitórias sobre Azerbaijão e Cazaquistão.
Nos últimos 2 jogos, volta Caneira. Aqui aconteceu o mesmo que no meio-campo. Ao fim da regularidade de Paulo Ferreira, dos azares mas da preferência por Caneira, o ex-Sporting, fica de fora da convocatória para entrar Jorge Ribeiro. Acima de tudo acho notório que Scolari nunca soube muito bem o que queria para titular naquela posição. Depois, Caneira e Paulo Ferreira acabam por ter carreiras, nesta época, nos clubes, muito parecidas.

Mal amados pelas direcções e duas diferentes equipas técnicas, passaram algum tempo no banco de suplentes, e fora das convocatórias. E para concluir, tendo no meio disto tudo, o seleccionador nacional optado por Paulo Ferreira, e sendo a outra opção mais evidente, Jorge Ribeiro, com apenas uma presença, e como suplente, nesta fase de apuramento, o lateral do Chelsea será obviamente titular.
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Eixo da defesa - “Kaiser Carvalho” mais um?

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Na posição de defesa-central, existe uma “quase certeza”. Ricardo Carvalho será titular! Dos 14 jogos de apuramento, falhou apenas 6. O que, entre questões físicas e disciplinares de um defesa, acaba por ser quase nada.
Por isto, e pela qualidade inegável do Beckenbauer português, parece-me uma escolha evidente. Só que pelo caminho, Scolari testou nada mais, nada menos do que 7 nomes para completar o eixo da defesa. Sendo eles: Ricardo Rocha (2 presenças), Ricardo Costa (1 presença), Tonel (1 presença), Meira (6 presenças, uma delas como trinco), Jorge Andrade (4 presenças), Bruno Alves (6 presenças, nos 6 últimos jogos) e Pepe (1 presença). Por aquilo que foi a qualificação, Bruno Alves e Fernando Meira, discutiriam a presença ao lado de Ricardo Carvalho, mas o patriotismo de Scolari pode vir a falar mais alto, e talvez o “atrasado”, por obrigação do Real Madrid, Pepe, venha ainda a tempo da titularidade. Opção de Scolari: Pepe, a minha: Fernando Meira.

Depois da análise da defesa deixo apenas uma última equação com duas variáveis: e se fosse: 1. Miguel, Ricardo Carvalho, Meira e Miguel Veloso a defesa-esquerdo? Ou ainda 2. Miguel, Ricardo Carvalho, Pepe, Miguel Veloso e Meira a trinco?
Tanto Fernando Meira como Miguel Veloso podem aparecer nas opções da defesa, e nas do meio-campo.
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Meio-campo: Os trincos de Scolari

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O brasileiro usa sempre 2 homens defensivos. Um trinco e um “box-to-box”, deixando, ainda mais à frente, espaço para um número 10. Os trios, ao longo do apuramento, foram variando demasiado como já falei anteriormente. Para além dessa tal história de Maniche, Tiago e Costinha, que repartiram em 3 o apuramento, estando agora os 3 de fora da fase final – o primeiro parece-me injusto, os outros dois estou do lado de Scolari –, existem ainda outros nomes. Aqueles que realmente vão lá estar e outros que passaram nesses lugares.

O início do apuramento (Portugal 1-1 Finlândia e Portugal 3-0 Azerbaijão) fez-se com o “trio de Mourinho” – Costinha, Maniche e Deco. Ao 3º jogo, Maniche é, por opção técnica relegado ao banco, entrando Petit para o seu lugar.

Isto aconteceu no descalabro na Polónia, que em 17 minutos, Portugal já perdia por 2-0, e correu até aos 90 para reduzir por Nuno Gomes.
No jogo seguinte dá-se a maior reformulação na equipa da fase de apuramento. Apenas Deco resiste no centro do meio-campo.

Tiago e Raul Meireles foram os homens que passaram a fazer-lhe companhia, na vitória sobre o Cazaquistão. Sendo que para os dois jogos seguintes, nem Deco resistiu, mas este foi por lesão, jogando o regressado Petit, Tiago e Moutinho. Deco regressa de seguida da lesão, passando para o banco o “baixinho” do Sporting.
Na Arménia, e devido à lesão de Petit, volta também Raul Meireles. O médio do Benfica regressa no empate em casa contra a Polónia, trazendo com ele Maniche, completando Deco no centro do terreno. Jogaram os mesmos 3 em Portugal contra a Sérvia, no empate a uma bola. Para o Azerbaijão, Miguel Veloso, a pedido de muitas famílias, e dos problemas físicos de novo de Petit, entra na equipa para o lado de Maniche e Deco. Vencem Azerbaijão e Cazaquistão. Deco lesiona-se de novo, e entra Simão para número 10. No último jogo o meio campo foi completamente diferente. Meira a trinco, Miguel Veloso e Maniche na construção a meias.

As escolhas da fase final
No que às escolhas da fase final diz respeito: Infelizmente, pelo número de presenças, Raul Meireles parece-me relegado para o banco de suplentes. Foi apenas chamado para colmatar a ausência de Petit. Sendo que Maniche e Tiago ficaram de fora dos convocados, a minha aposta seria Miguel Veloso, Moutinho e Deco. Só que na cabeça de Scolari, por razões de experiência e de confiança no homem, parece-me que será mais: Petit, Moutinho e Deco. Sendo que nas hipóteses de Miguel Veloso a defesa-esquerdo, ou de Fernando Meira a trinco, as coisas podem mudar bastante. Mas nesta selecção há algo que me preocupa realmente. Não existe um “10” alternativo a Deco. Simão não o é, Moutinho também ainda não, e Carlos Martins vai ver os jogos do Europeu a partir de casa.
De destacar ainda neste meio campo:
  • Petit está no melhor e no pior da equipa. Esteve na vitória por 4-0 à Bélgica, na derrota na polónia, e nos empates caseiros.
  • Aquilo que parece problema para mim, para os jogadores da selecção nunca o foi: Sem Deco, Portugal não perdeu. Empatou com Sérvia e Finlândia e venceu a Arménia em má exibição, a Bélgica na tal melhor de todas em que o seu substituto foi: Moutinho!
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Extremos - Quem jogará do outro lado?

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Nas alas, jogará Ronaldo numa delas, de caras. Falhou apenas um jogo, a vitória na Bélgica, em que Nani apareceu endiabrado, e foi decisivo muitas vezes. É o melhor do Mundo, chega? Do outro lado passaram: Nani (2 vezes), Simão (7 vezes) e Quaresma (6 vezes), sendo que uma das presenças de Simão é como “nº 10”.

Nani, apesar de ser a minha escolha, parece-me que ficará no banco a suplente de luxo, deixando a dúvida entre a sobriedade e falta de afirmação de quinas ao peito de Simão e a trivela mágica porém inconstante de Quaresma. Sendo que com Simão a titular Portugal apenas venceu Cazaquistão e Azerbaijão em casa, e que a escolha de Scolari no passado mais recente, nos últimos jogos da qualificação, foi sempre Quaresma, penso que o “Harry Potter” do Futebol Clube do Porto terá o seu lugar como titular.
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Ataque - Saudades de Pauleta?

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Depois de falar tão mal dele, durante tanto tempo, às vezes dá-me a impressão que tenho algumas saudades do Açoriano. Na posição de Ponta de Lança a dúvida recai sobre o “velhinho” Nuno Gomes, a “incerteza” Hélder Postiga e o “incompreendido” Hugo Almeida, que parece que continua sem ser aposta firme de Scolari. O avançado, nº 21 do Benfica, fez 7 jogos como titular. Portugal ganhou 3 vezes, perdeu uma e empatou outras 3.
Nuno Gomes marcou por 3 vezes nesse espaço. O empate na Finlândia que valeu um ponto, o golo tardio na Polónia, que valeu pela honra, e o 1-0, que abriu as portas da goleada à Bélgica.
Já Postiga foi titular na Bélgica, marcando aos 64, um "golaço" de fora da área que valeu a vitória por 2-1. Este golo deu-lhe a hipótese de jogar contra a Arménia, mas foi uma das piores exibições neste empate a uma bola.
O outro avançado é Hugo Almeida. O “gigante” do Werder Bremen apareceu como titular 3 vezes. Vitórias consecutivas sobre Azerbaijão, jogo em que marcou, Cazaquistão, saiu para entrar Makukula que resolveu, e 1-0 contra a Arménia, onde os 3 pontos, que se afiguraram decisivos, por se tratar do penúltimo jogo, saíram dele. Numa selecção que joga preferencialmente pelas alas, os seus dois golos no apuramento aparecem de cruzamentos dos defesas-direitos Miguel e Bosingwa.
Por tudo isto a minha aposta é Hugo Almeida. No entanto, a de Scolari, espero enganar-me, mas por aquilo que foi mostrando na história da selecção, em que nunca abdicou de dar confiança a um único avançado, será Nuno Gomes, o sucessor de Pauleta que o técnico escolheu.
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O "11" de Scolari

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Guarda-Redes : Ricardo
Defesa: Miguel, Ricardo Carvalho, Pepe e Paulo Ferreira
Médio: Petit, Deco e João Moutinho.
Ataque: Quaresma, Ronaldo e Nuno Gomes.
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Notas Finais

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Teimosia ou não, aquele que parece ser o onze nacional escolhido por Scolari, apenas difere em duas peças da melhor exibição do apuramento. No 4-0 contra a Bélgica, jogou o agora lesionado Jorge Andrade, que perderá assim o lugar para Pepe, e Deco na altura castigado, deixou vaga no onze para Tiago, que ficou de fora dos convocados finais. Uma última curiosidade.

Nas substituições daquele dia podem residir algumas das dúvidas da selecção actual: Nani entrou no lugar de Quaresma e Meira entrou para trinco, rendendo Petit.
Hugo Viana por Ronaldo foi mesmo para as palmas na altura, não se preocupem!
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