Escrevia há dias que a posição de levar a discussão sobre criminalidade violenta à Assembleia da República era precipitado e irresponsável. Dizia eu que se tratava de alarmismo exagerado, e de uma tentativa de aproveitamento político por parte, na altura, do CDS. Mantenho-o.
Entretanto, aconteceu uma nova vaga de assaltos, e até em Guimarães se começou a sentir a insegurança. Não aceitando a teoria de que a publicidade a este tipo de acontecimentos, leva à repetição e aumento de situações do mesmo género, e acreditando que o direito à informação das pessoas se sobrepõe a essa teoria, sinto neste momento que é de facto necessário agir. Sem mediatização exagerada e sem arremesso político.
Lia há dias uma entrevista a José Dias, presidente da Junta de Freguesia de Brito, na qual se falava da necessidade de dar mais poderes às forças policiais. O também deputado municipal, dizia que quando se dirigia a agentes da Guarda Nacional Republicana, estes se limitavam a dizer que pouco mais tinham a fazer. A isto ser verdade, e não havendo razões à partida para duvidar destas declarações, está de facto na altura de se pensar a fundo no que é necessário fazer daqui para a frente. E mais do que este pensamento estratégico a longo termo, são necessárias acções imediatas, para combater desde já esta onda de crime. Com calma, sem grandes alarmismos, mas com uma forte componente de acção de campo.
A única situação em que aceitaria publicidade a acções nos próximos dias seria para uma demonstração de força e ordem pública. Sem perseguições e helicópteros à americana, e dentro dos limites do respeito pela vida humana como é óbvio...
Entretanto, aconteceu uma nova vaga de assaltos, e até em Guimarães se começou a sentir a insegurança. Não aceitando a teoria de que a publicidade a este tipo de acontecimentos, leva à repetição e aumento de situações do mesmo género, e acreditando que o direito à informação das pessoas se sobrepõe a essa teoria, sinto neste momento que é de facto necessário agir. Sem mediatização exagerada e sem arremesso político.
Lia há dias uma entrevista a José Dias, presidente da Junta de Freguesia de Brito, na qual se falava da necessidade de dar mais poderes às forças policiais. O também deputado municipal, dizia que quando se dirigia a agentes da Guarda Nacional Republicana, estes se limitavam a dizer que pouco mais tinham a fazer. A isto ser verdade, e não havendo razões à partida para duvidar destas declarações, está de facto na altura de se pensar a fundo no que é necessário fazer daqui para a frente. E mais do que este pensamento estratégico a longo termo, são necessárias acções imediatas, para combater desde já esta onda de crime. Com calma, sem grandes alarmismos, mas com uma forte componente de acção de campo.
A única situação em que aceitaria publicidade a acções nos próximos dias seria para uma demonstração de força e ordem pública. Sem perseguições e helicópteros à americana, e dentro dos limites do respeito pela vida humana como é óbvio...
O presidente da junta de Brito é deputado pelo PSD ou pelo PS?
Pelo Partido Socialista. Algum motivo em especial ou dúvida de circunstância?
Não, não! A minha dúvida era mesmo de fundo, não circunstancial...
Gostariade deixar umas notas sobre o tema:
1 - Esta é mais uma moda da nossa comunicação social, que sendo um pouco a sua conduta na generalidade, é sobretudo agudizada em período de férias.Vejamos que sem campeonatos de futebol, sem incendios de registo ou sem desaparecimentos de crianças estrangeiras havia que arranjar um tema...Até porque o gasóleo também tem ajudado!
2 - O próprio tema é de modas. O alarido dos crimes sexuais, da casa pia e tais, passou ao alarido do colarinho branco, com apitos e informáticos bancários e tais...Agora a moda são os denominados assaltos violentos ou algo do genero...Enfim modas. Se é certo que poderá haver uma subida deste tipo de crimes, também até então pouco ou nada se sabia sobre estes acontecimentos.
4 - O aproveitamento politico existe, e irá sempre existir. Votamos num partido que assegure maior número de efectivos, que proponha leis mais restritas e punitivas e, por outro, somos interpelados a apontar o dedo ao governo qdo a insegurança nos bate á porta...é a ordem natural da politiquice e que passa completamente ao lado das questóes fundamentais da própria insegurança. Deviamos começar por perceber que a questão fundamental é a liberdade, sendo a segurança apenas um apendice dessa liberdade. Por outras palavras perceber que a segurança faz parte de um todo, de politicas de inserção social (reais e não subsídios a marginalidades), de igualdade, de formação e sobretudo de politicas de trabalho. Concluindo, não me parece que os policias substituam ou sejam capazes de resolver qualquer um destes problemas. De resto não é sua competência, nem tem de ser!
Por fim um desafio: quantos politicos percebem relamente de questóes de segurança? Este é aliás um assunto que nunca vi ser discutido amplamente e sem modas...
Se bem pensada a situação da criminalidade, pouco ou nada vai mudar com o aumento de efectivos policiais e mesmo determinadas alterações às actuais leis, (embora que certas leis deixem muito a desejar).
Temos é que acabar com determinada hipocricia enganadora diminuindo o fosso cada vez mais assente entre ricos e pobres. Entre aqueles que deteem plenos direitos reais a usufruirem livre e democraticamente de uma vida condigna e aqueles que apenas só sabem o que isso é no papel.
Não esqueçamos que no fundo vivemos todos num mundo do faz de conta, em que a unica coisa que importa para a generalidade da sociedade é o estatuto social e a carteira que cada um possui.
Democracia e liberdade, será que existem, realmente!?...
O Zé está cansado!...
Cansado de trabalhar e ter que contar a meio do mês os trocados para ver se chega para comprar pão e leite para colocar na mesa;
Cansado de trabalhar o mês inteiro para entregar todo o seu salário, (que muitas das vezes nem chega), ao senhorio lá de sua casa;
Cansado de ser explorado pelo patrão que lhe rouba o mais que pode nos seus direitos;
Cansado de bater de porta em porta e lhe dizerem que é velho para trabalhar, mas ainda muito novo para gozar reforma...
Enquanto isso, outros gozam da miséria alheia...
Gozam com máquinas topo de gama e esbeltas mulheres compradas com os dinheiros extorquidos no salário lá do Zé;
Gozam com o posto que o paizinho, (politico de renome), lá acabou por conseguir no Ministério sem necessidade sequer de seu filho ir a concurso;
Gozam de churudas reformas que conseguiram em meia duzia de meses no alto cargo que ocuparam recentemente;
Gozam e voltam a enriquecer com o dinheiro de donativos que caiu lá na associação sem serem contabilizados...
Será que estas e muitas, mas muitas outras situações mais aberrantes, não serão também motivos de reflexão que justifiquem, em parte, o aumento verificado da criminalidade?
Lembremo-nos que passados 34 anos da tão prometida igualdade de oportunidades, justiça social, democracia, entre outros..., para a maioria dos portugueses tudo se desmoronou ao longo dos anos e o projecto 25 de Abril não foi mais que um simples projecto que acabou, (como muitos), perdido lá por alguma gaveta a estas horas até essa já perdida também...
Apreguaram o socialismo, democracia, liberdade..., mas a unica coisa que realmente se verifica é que vivemos um autentico e desmedido chuchalismo... Até na justiça e na criminalidade se verifica isso. Quem tem e pode fica a rir, quem não tem nem pode vai parar lá dentro...
Mas não é de admirar, até porque as leis são feitas por quem pode e tem. Ou melhor dizendo, são feitas à medida!...